Coma-me! Estou em coma!
Nada me admira mais que um país tão rico quanto o Brasil parar como está nesse exato momento. Ainda mais em um momento pseudo-filosófico como o que estávamos vivendo. O ócio do psiqué está me irritando dia após dia...
Com essa historia toda de Copa do Mundo eu não sei mais o que acontece no planeta. Deputados não mais roubam. A guerra no Iraque cessou. O dólar ficará estável por um mês... A bolsa, Nasdaq, preço do Sacolé, nada subirá até dia 9 de Julho. Dia esse, que aproximadamente 180 milhões de pessoas em coma, esperam ver 10 camisas amarelinhas e uma acinzentada abraçando uma taça dourada, que provavelmente, foi feita pra rimar com a cor da indumentária brazuca.
Nosso coma filosofico nos prende de uma maneira que nenhuma novela, reality show ou barraco da vizinha nos prende. Nos prendemos muito mais que a uma série de 64 jogos. Nos prendemos a um estigma de sermos o país das chuteiras. Pátria mãe gentil das peladas. Em todos os sentidos dessa palavra. Nosso coma nos prende a televisão, rádio, jornal, tricô, manicure, barbeiro, botequim e trailler de faculdade.
Faço aqui então uma proposta que foi lançada por uma amiga minha. Mediante a todo empenho que nós brasileiros temos nesse período de Copa, exprimo que: A Copa do Mundo deveria ser da ONU. FIFA é uma pinóia! Eu quero a Copa na mão da ONU. Imagina que coisa mais glamurosa. Os 32 times que mais se empenharam pelo fim da corrupção, pobreza, fome iriam concorrer ao mundial. Aqueles que mais tivessem investido em saúde, educação, saneamento, transporte, lazer e sexo casual poderiam ganhar a taça amarela. Seria lindo. Nosso empenho verde amarelo que só nasce a cada quatro anos. Nosso orgulho carioquinha que floresce aos anos quadrados seria usado em prol de nossa juventude que não seria mais tão transviada assim.
E lembremos que enquanto comemoramos a Copa, uns sonham em um dia, quem sabe, ter algog na cozinha.
Um comentário:
eu me comento, por que me basto!
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